Desde de criança, as brincadeiras, mesmo infantis, já sinalizavam o que eu seria no futuro: engenheira de automação. Por diversas vezes, simulava reuniões de trabalho, onde os participantes eram minha irmã mais nova e nossos brinquedos. Também não foram poucas as vezes que desmontava e montava novamente os brinquedos eletrônicos.
Quando chegou o momento de escolher a profissão, assumi meu primeiro grande desafio. Me recordo como se fosse ontem, eu e apenas mais 3 meninas formando um grupo de mais de uma centena de alunos.
Minha carreira profissional se iniciou na Braspress, como estagiária, ainda nos últimos anos de faculdade. Foi lá que tive a oportunidade de assumir muitos outros desafios e de conhecer o que havia de mais moderno no mundo nas áreas de logística, transporte e automação. Visitei as maiores empresas dos EUA, Canadá, Espanha, entre outros países.
O conhecimento não foi a única lembrança de minhas viagens. Muitos dos equipamentos de classificação de volumes, que fazem da Braspress empresa de vanguarda nesta área, foram desenvolvidos em alguns destes países. E esta é uma de minhas principais missões, como responsável pela área de engenharia de automação: manter a Braspress como referência na área.
Sempre me condicionei a imaginar o que eu quero para mim, criar planos para enfim conquistar meus objetivos. Eu sou realizada por estar à frente de uma das áreas que fazem da Braspress uma empresa de destaque. Uma área que otimiza a produção operacional, que reduz custos e maximiza a receita através da correta aferição de pesos e dimensionamentos.
Enfim, o cotidiano de uma transportadora é altamente desafiador, mas, com muita criatividade é possível buscar superar as expectativas de nossos clientes e, consequentemente, crescer a cada dia.
No viés operacional, um país com dimensões continentais já ofereceria naturalmente dificuldades pela distância. Soma-se a isto, uma infraestrutura sucateada, a insegurança devido à crescente incidência de roubo de cargas e barreiras fiscais, que por vezes acabam impactando o leadtime de nossos prazos, entre tantas outras dificuldades. Na parte administrativa e financeira, a pesada carga tributária.
Mas quando se faz o gosta, o pessoal e o profissional se entrelaçam e se equilibram de uma forma praticamente natural. Sem que um viés tenha menos atenção que o outro.
Só que a sensação de realização profissional não é única, ela deve ser recorrente. Sempre devemos nos desafiar a superar novos obstáculos, fazer mais e melhor com menos recursos.
A palavra desistência nunca foi e jamais será uma opção. Mudanças não só são bem vindas, mas necessárias, sempre devemos mudar, nos adaptar, buscar desafiar o status quo, maximizar nossa capacidade de produzir minimizando custos.
Há setores que historicamente sempre tiveram uma proporção maior de homens do que mulheres. Mas percebo que, a cada dia que passa, o gênero deixa de ser importante. Hoje as empresas consideram muito mais a capacidade de produzir, do que o gênero de seus colaboradores.
A Braspress novamente foi uma das primeiras empresas a contratar motorista do sexo feminino, e teve resultados impressionantes com esta ação. Dentre os melhores profissionais do volante, há muitas mulheres.
O mercado consumidor está em uma curva crescente na exigência de qualidade e melhores relações de custo benefício. Para consolidar e crescer o marketshare é fundamental que as empresas busquem profissionais capacitados e qualificados, independente de gênero.
Todos os movimentos que busquem o equilíbrio, a justiça e a igualdade são extremamente importantes.
São muitos os desafios e obstáculos que enfrentamos em nosso dia a dia, e que não foram criados por nós, mas temos todos os ingredientes necessários para superá-los. Basta ter foco, planejar e executar com eficiência.
É fundamental que as energias não se percam, com o que realmente não é necessário, para resolver os problemas.
*Por Juliana Petri - Gerente Nacional de Automação da Braspress Transportes Urgentes
Comments