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População de 17 países acredita que avançar nos direitos das mulheres é uma prioridade



Estudo internacional feito pela Women Deliver e Focus 2030, organizações de defesa de direitos e mobilização para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustável (ODS) das Nações Unidas até 2030, aponta que a população de 17 países quer um mundo com mais igualdade de gênero. Além disso, ainda espera que os governos e líderes empresariais tomem medidas para reduzir as diferenças entre homens e mulheres.


Os resultados fazem parte do Citizens call for a gender-equal world: a roadmap for action (“Cidadãos clamam por um mundo com igualdade de gênero: um roteiro para ação”, em tradução livre) divulgado em janeiro de 2021, dois meses antes do Fórum Geração Igualdade. Evento, convocado pela ONU Mulheres em colaboração com os governos do México e da França, que celebrará o 25º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, considerado o programa mais visionário para o empoderamento de mulheres e meninas no mundo.


“O Fórum Geração Igualdade apela a governos, empresas, sociedade civil e pessoas de todas as idades e origens no mundo todo para assumirem compromissos ousados e tornar a progresso global das mulheres uma realidade. Podemos e devemos alcançar essas mudanças em nossa geração, e deve ser uma ação intersetorial e intergeracional”, diz Phumzile Mlambo-Ngcuka, subsecretária-geral das Nações Unidas e diretora executiva da ONU Mulheres.


“Progredimos muito nos últimos 25 anos, mas ainda há muito trabalho a ser feito. Com a Covid-19, assim como as mulheres estão assumindo um papel desproporcional na resposta à pandemia em suas comunidades e em casa, elas também enfrentam um enorme fardo adicional, e podemos ver as consequências dessa tensão atuando nos próximos anos”, afirma Divya Mathew, gerente sênior da Women Deliver.


“A análise mostra onde o mundo ficou aquém, mas também traz a notícia encorajadora de que a grande maioria das mulheres e homens ao redor do mundo espera que seus líderes tomem medidas para promover a igualdade de gênero”, complementa.


As principais descobertas do relatório incluem:

  • 82% das pessoas entrevistadas acreditam que as mulheres devem se envolver em todos os aspectos da resposta e esforços de recuperação da Covid-19. No entanto, embora elas sejam 70% dos trabalhadores da área da saúde, atualmente representam apenas 24% dos comitês de resposta à doença;

  • A pandemia teve um impacto significativo sobre as mulheres, principalmente com as de idade entre 18 e 44 anos, mais propensas a relatar aumento da carga doméstica e estresse emocional. Em 13 dos 17 países pesquisados, elas relatam ter experimentado mais desafios de saúde mental em comparação com os homens durante o período de isolamento social;

  • 80% considera que a igualdade de gênero é importante;

  • 60% concorda que mulheres e homens terem as mesmas oportunidades é essencial para acabar com a pobreza em todos os países;

  • 65% deseja que o governo do seu país invista mais para eliminar as diferenças entre mulheres e homens;

  • 57% das participantes relataram ter experimentado alguma forma de discriminação por serem do sexo feminino, com as maiores taxas relatadas no Quênia (83%), na Índia (81%) e na África do Sul (72%);

  • Em geral, as entrevistadas e os entrevistados consideram que é preciso acabar com a violência de gênero, incluindo assédio on-line, agressão sexual, casamento infantil forçado e mutilação genital feminina.

O estudo oferece, ainda, um roteiro de ações prioritárias nas quais os governos, o setor privado e a sociedade civil devem se concentrar para acelerar o avanço da igualdade de gênero.


Para ler o documento na íntegra, acesse: https://bit.ly/3tsX5CL.


Fonte: Movimento Mulher 360

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