Priscilla Florentino: Reflexões sobre 25 anos de carreira de uma mulher apaixonada por logística e transportes
- Vez & Voz
- 18 de jul.
- 2 min de leitura

Sempre que alguém me pergunta com o que eu trabalho e respondo “logística e transporte de cargas”, vem aquele olhar de surpresa e a curiosidade. Como é para uma mulher trabalhar em um segmento tão “masculino”? Agora, em fevereiro de 2025, completei 25 anos atuando em empresas de logística e transportes, e, venho refletindo um pouco sobre minha trajetória e o que significa, para mim, ser uma “mulher na logística”.
Sim, é verdade, esta área ainda é predominantemente masculina – mas a participação feminina aumentou muito nas últimas décadas. Eu sempre encarei estar neste ambiente como um desafio pessoal, sem focar no fato de estar em um ambiente predominantemente masculino. Logo no início, na primeira empresa de transportes onde trabalhei, passei por uma rodinha de motoristas que fizeram comentários sobre a minha atuação como gestora.
Apoio das empresas foi fundamental
Aquilo entrou na minha cabeça, mas meu raciocínio foi que ser uma mulher, mais que um desafio, seria uma oportunidade de me diferenciar no mercado trazendo justamente valores associados ao feminino, que entendo ser muito necessário nas empresas de logística: o cuidado maternal. Pesquisas mostram que as mulheres possuem melhor visão periférica, como um traço evolucionário de quem deveria estar sempre cuidando e protegendo sua prole de possíveis predadores. Foi essa visão que sempre busquei trazer para minha experiência profissional.
E tive a sorte de estar em empresas que sempre apoiaram meu desenvolvimento profissional. Comecei como assistente de RH em uma empresa no segmento de logística internacional, adquirindo experiência com contratações e comunicados internos. Posteriormente, atuei como assistente de qualidade e, em seguida, na auditoria de faturamento, administrativo, até chegar à gerência geral de transporte, devido ao meu conhecimento abrangente sobre o negócio da empresa. Sou muito grata por essas oportunidades, mas chegou um momento, comum a muitas mulheres, que exigia mudanças.
Maternidade levou a novos rumos
Depois no nascimento da minha filha e por questões pessoais, tive a necessidade de desacelerar um pouco. Por anos, fazia diretamente o trajeto de casa, na Praia Grande, litoral sul de São Paulo, para a Guarulhos e região. Fui trabalhar em uma empresa de agenciamento internacional de cargas, em Santos, mas o “transporte no sangue” falou mais alto e passei a procurar um cargo de gerência de transportes. Meu antigo supervisor me indicou para o Grupo Mirassol, onde, após um processo seletivo liderado pelo diretor de operações Dalton Salgueiro, assumi diretamente o cargo de Gerente de Operações Portuárias, na unidade de Cubatão da Mirassol.
Cheguei à Mirassol em agosto de 2024 e com uma meta ambiciosa: crescimento de 70% da unidade em 2025. Estou muito feliz pela oportunidade e motivada. Temos uma empresa sólida e com expertise em operações portuárias, um time incrível e toda a confiança da administração para buscar esses resultados ambiciosos. Completando 25 anos de carreira, sigo apaixonada pelo que faço e pelo segmento de transportes, e vejo outras mulheres trilhando seus caminhos nessa área apaixonante.
Fonte: Expresso Mirassol




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