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"As mulheres precisam ter o costume de investir em suas carreiras", mostra Paving Woman

O primeiro dia de congressos da Paving Expo 2022 foi marcado pelo Painel Paving Woman, dedicado às mulheres profissionais do setor de infraestrutura. Mais do que expor as dificuldades enfrentadas pelas mulheres para ocupar posições de destaque no setor, o painel se comprometeu a mostrar os caminhos a serem percorridos para isso. E a principal dica foi que “as mulheres precisam ter o costume de investir em suas próprias carreiras”, como pontuou Patrícia Herrera, gerente geral da Moba para a América Latina. O painel também foi composto por Isabelle Torres, do Ministério da Infraestrutura; Thais Borges, da CCR; Thais Araripe, da Valec; Cristiane Marian, da Womma; e Paula Araújo, da New Holland.



Diversidade é uma questão cultural

“A diversidade de gênero é fundamental para o desenvolvimento de qualquer setor e não é diferente no de equipamentos fora de estrada e de construção, onde a mulher tem ocupado cada vez mais postos”, disse Paula Araújo, da New Holland. “Estima-se que nos últimos anos a participação feminina cresceu 50% na construção civil e isso é resultado de uma série de ações responsáveis nesse sentido. Uma delas é o Juntas para Construir, lançado pela New Holland para inclusão feminina na construção civil, com programas de capacitação técnica de operadoras de equipamentos”, disse ela.

No Grupo CNH Industrial, do qual a New Holland Construction faz parte junto com a CASE Construction Equipment, New Holland Agriculture, Case IH e Banco CNH Industrial, Paula disse que a diversidade é uma questão “bem enraizada”, começando pelo exemplo da chairwoman (presidente) global do grupo, Suzanne Heywood. “Aqui na América do Sul, tenho o privilégio de liderar as operações da New Holland Construction também. Mas friso que isso não é algo que se conquista do dia para a noite. É um processo cultural, que buscamos alcançar trabalhando em todas as dimensões de gênero, raça, credo e idade”, disse Paula. Para a executiva, a participação na Paving Woman - junto a outras lideranças femininas C-Level - visa mostrar que essa representatividade tem, de fato, aumentado no mercado, apesar do grande desafio que ainda precisa ser vencido nesse sentido.



Isabelle Torres, coordenadora-geral de Monitoramento e Acompanhamento dos Processos de Outorga no Ministério da Infraestrutura (MInfra) e professora da ENAP, relata que, antes mesmo do preconceito de gênero, teve de enfrentar o preconceito por ser nordestina. “Sou paraibana e ouvi diversas vezes: “apesar de ser nordestina, você é inteligente". É difícil seguir em frente depois de ouvir isso”, disse. Mas ela seguiu, e hoje gerencia uma carteira de projetos de aproximadamente R$ 250 bilhões no Ministério da Infraestrutura (MInfra).

O caminho para isso foi extenso e trabalhoso, conta Isabele, que é profissional concursada como analista administrativa do MInfra desde 2010. Graduada em Tecnologia da Informação, ela experimentou vencer barreiras desde o começo da carreira em ambientes profissionais majoritariamente masculinos. “Eu era uma das poucas mulheres na faculdade de TI. Depois trabalhei com vendas e varejo na extinta Telemar, além de ter vivido dois anos de experiência no mercado de TI, trabalhando com redes e bancos de dados”, contou.

Isabele também cursou direito por três anos, tendo de trancar o curso por opção de carreira, já que também foi admitida para para uma bolsa de estudos no Mestrado em Administração de Empresas, título que ela conquistou e utiliza para lecionar em universidades atualmente. “Já no MInfra, me tornei coordenadora do escritório de projetos, em 2013, quando engravidei. Tive uma péssima experiência no retorno, pois perdi o cargo e fiquei estagnada. Então decidi ter o segundo filho e essa situação se estendeu até 2015, período que aproveitei para fazer um MBA em gestão de Projetos pela Faculdade Getúlio Vargas (FGV)”, lembra.


Fonte: Divulgação

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