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Qual é o papel das empresas no combate a violência contra a mulher?

Essa foi a questão levantada na última reunião do Vez & Voz. Participantes discutiram quais seriam as estratégias possíveis de serem adotadas pelas organizações nos casos de violência doméstica

“Quando discutimos o assunto, conseguimos ampliar a educação sobre o tema e conhecer políticas públicas existentes a respeito”, disse Tatiana Freire, coordenadora de DHO (Desenvolvimento Humano e Organizacional) e ESG da Jamef Transportes, que foi a primeira a realizar a apresentação na reunião da Comissão do Vez & Voz, realizada em 12 de fevereiro.

Tatiana expôs dados de como está o cenário atual da violência de gênero, primeiro destacando haver aumento de empesas do setor que estão investindo em programas de orientação e acolhimento voltado ao combate contra violência doméstica e familiar, conforme indica a edição mais recente do Índice de Equidade do TRC.

“Este tipo de violência traz impacto na produtividade da profissional, inclusive, ela pode até apresentar um adoecimento crônico. Então, nossa missão aqui hoje é fazer com que as nossas organizações representem segurança e amparo para a mulher. Que ela jamais se sinta acuada ao compartilhar uma denúncia”, observou Tatiana.

No ano passado, o Canal 180 recebeu mais de 2 mil denúncias diárias deste tipo de crime. Foram 691 mil ligações atendidas, um aumento de 21,6% em relação a 2023. Atendimentos via WhatsApp cresceram 63,4%, totalizando 14,5 mil chamados.

Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, três em cada dez brasileiras já foram vítimas de violência doméstica. A cada 6 horas, uma mulher é assassinada no país vítima de feminicídio. O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo.

Para a coordenadora, criar ambientes seguros e igualitários é essencial para combater a violência de gênero. “Combater preconceitos facilita a ascensão profissional das mulheres e reduz as desigualdades”.

Entre os exemplos de ações a serem executadas pelas organizações no combate à violência de gênero estão:

  • a conscientização da alta liderança,

  • adesão à Coalizão Empresarial pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas,

  • a criação de programas de desenvolvimento de carreira para mulheres,

  • implementação de um serviço especializado para atendimento às colaboradoras em situação de violência.

“As organizações têm um papel social importante no combate à violência de gênero. A gente não resolve tudo dentro das empresas, mas é possível identificar casos e lidar com algumas situações com base nas políticas de tratativas já pré-definidas”, destacou a coordenadora do Vez & Voz, Camila Florencio.


Casa da Mulher Brasileira

A segunda parte da reunião foi conduzida por Ana Cristina de Souza, coordenadora municipal de políticas para a mulher da Casa da Mulher Brasileira, órgão público que desenvolve políticas voltadas para acolhimento e orientação em casos de violência doméstica.

Ana contou um pouco sobre a história da Lei 11.340/2006 – mais conhecida como a Lei Maria da Penha. A legislação é uma das 5 melhores do mundo no que se refere ao enfrentamento da violência contra a mulher.

De acordo com Ana Cristina, dos tipos de violência contra a mulher, a física é a mais cruel e humilhante que pode ser vivenciada. “Quando ela chega na física, é porque ela já perpassou por todos os outros tipos de violência, a psicológica, a moral e a patrimonial”, diz.

A Casa da Mulher Brasileira é um grande complexo localizado na região central da cidade, onde há delegacia, promotoria, equipe multiplicar com advogados, psicólogos e assistentes sociais, todos com o objetivo de orientar as mulheres a romper o ciclo de violência.

“Caso essa mulher não possa retornar para casa por conta da violência sofrida, a Casa da Mulher Brasileira garante para ela alojamento de passagem, no qual ficará abrigada, será acolhida e terá proteção integral”, assegura Ana.

Em São Paulo, a Casa da Mulher Brasileira fica na rua Viera Ravasco, nº 26, bairro do Cambuci. Para mais informações, ligue para o (11) 3275-8000.

Existem pelo país outras unidades da Casa da Mulher Brasileira também em funcionamento e algumas ainda em construção. Clique e consulte as localidades.


Nova coordenação

Durante a reunião também foi apresentado a Nova coordenação do Vez & Voz deste ano. Camila Florencio segue na coordenação e na vice-coordenação estão Isabella Antunes, gerente de comunicação da FETCEMG; Gislaine Zorzin, diretora Administrativa da Zorzin Logística e Sérgio Povoa, diretor de gente e gestão da Jamef Transportes.


Fique ligado! Vem aí 4º Encontro Vez & Voz, você não pode perder!

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O movimento Vez & Voz é uma iniciativa do SETCESP - Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região.

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